Comunicação não violenta no trabalho: entenda a importância
A comunicação não violenta (CNV) é extremamente importante para definir o sucesso ou fracasso de um trabalho em equipe. Nas organizações, a divulgação da CNV dentro da cultura organizacional é um papel obrigatório para os integrantes do setor de recursos humanos e lideranças.
Um estudo da Harvard Business Review mostra que quase 70% dos gestores não se sentem à vontade para se comunicar com seus liderados, enquanto que 57% dos liderados não consideram receber orientações claras de seus gestores.
Números como estes demonstram a necessidade de trabalhar a comunicação, sobretudo, a comunicação não violenta.
É sobre este assunto que iremos tratar ao longo do artigo. Continue a leitura e entenda como difundir a CNV e quais benefícios ela traz ao ambiente laboral.
Boa leitura.
O que é a comunicação não violenta?
Antes de mais nada, é preciso entender o que é uma CNV. Ela une habilidades de comunicação para fortalecimento de conexões humanas, de modo a gerar mais empatia e união entre todos.
A CNV pode ser aplicada na comunicação verbal (falada e escrita) e não verbal (gestos, expressões faciais e corporais, além de códigos e imagens).
Quando o emissor vai passar uma mensagem, na prática, quando ele usa a CNV, é analisada a situação e por meio dela, é reformulada a forma como fala e ouve. A CNV é uma soft skill que pode ser desenvolvida por todos, independente do cargo ou ser de iniciativa pública ou privada.
Os 4 pilares da comunicação não violenta
O conceito da comunicação não violenta surgiu na década de 1960, quando o termo foi criado pelo psicólogo Marshall Rosenberg. O contexto, na época, era de segregação racial nos Estados Unidos.
Quando falamos do surgimento do termo, também é importante mencionar o psicólogo Carl Rogers, que se tornou mentor intelectual de Rosenberg. A técnica progrediu, o que motivou a fundação do Certer for Nonviolent Communication (CNCV).
Este tipo de comunicação segue quatro pilares, que devem ser de conhecimento e entendimento de todos. Confira!
Observação
Faça observações sem fazer julgamentos e juízos de valor. Ao dar um feedback, mesmo que negativo, saiba como elaborar uma fala sem parecer uma generalização, com frases concretas e específicas.
Faça um autoquestionamento sobre a devolução dada e entenda se ela acrescenta algo positivo ao receptor da mensagem.
Sentimentos
Procure entender os seus sentimentos. O ato de nomear quais reações emocionais que uma situação desperta ajuda a desenvolver um autoconhecimento e identificação das emoções. Por meio do conhecimento deles, é mais fácil pensar e agir de outra forma em determinados espaços.
Ao entendê-los, estude expressá-los de maneira clara, assim, é criado um ambiente com mais empatia em um canal direto de comunicação.
Necessidades
Para além da compreensão do sentimento que uma situação gerou, é preciso buscar entender quais necessidades temos em relação a eles, pois sempre expressam algo que desejamos.
Por exemplo, se o não cumprimento de um prazo causa estresse, provavelmente, a necessidade está na falta de sinceridade e comprometimento do outro. Por isso, é possível deixar claro para aquela pessoa que é apropriado trabalhar com prazos reais e se comprometer a cumpri-los, antes de gerar outros problemas para todos.
Pedidos
Antes de sair dando ordens, argumente sobre o que é solicitado. Baseie os pedidos em ações concretas e utilize uma linguagem positiva e afirmativa. Seja tangível e objetivo e certifique-se de que a outra pessoa tenha entendido o que foi comunicado.
Dicas para praticar a comunicação não violenta
Agora que você conhece os pilares da CNV, confira algumas dicas práticas:
- Evite pré-julgamentos;
- Não compare as atitudes dos outros com as suas próprias ou de outros indivíduos;
- Elimine tons acusatórios que inviabilizam a comunicação;
- Fale de suas necessidades com calma e clareza;
- Sempre que possível, coloque-se no lugar do outro;
- Ao responder uma ofensa ou ataque, evite falar no mesmo tom.
Comunicação não violenta e a eficiência das equipes
Neste artigo, percebemos que a comunicação não violenta é essencial para a harmonia e produtividade das equipes de uma organização. Por meio do exercício dos pilares mencionados, o ambiente de trabalho tende a ganhar diversos benefícios, como: abertura ao diálogo, resolução pacífica dos conflitos, relacionamentos saudáveis, parceria entre equipes e gestão otimizada.
Para isso, é indispensável o entendimento da necessidade de mudança por gestores de pessoas e líderes. Afinal, a forma de se comunicar também faz parte da cultura organizacional, que deve estar evidente para todos.
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