
Liderança inclusiva: o que é e como aderir?
A liderança inclusiva é um assunto que tem sido muito debatido ao redor do mundo quando falamos de corporatividade. As evidências dos benefícios têm sido, inclusive, divulgadas por meio de pesquisas que comprovam a eficácia no dia a dia.
Um artigo publicado pela Harvard Business Review aponta que 17% das equipes com líderes inclusivos têm mais chances de apresentarem um alto desempenho e uma probabilidade 20% maior de tomar boas decisões.
As mudanças nos hábitos de consumo, relações e entretenimento, mostram a necessidade de mudança dentro dos ambientes profissionais. Dentro dessa ótica, são destacadas as preocupações com o bem-estar físico e emocional dos profissionais, sobretudo, em um mundo pós-pandemia.
Neste artigo, você irá entender o que é liderança inclusiva, os motivos para praticá-la e quais são as características de um líder inclusivo.
Boa leitura!
O que é liderança inclusiva?
Uma liderança inclusiva é o resultado de uma combinação de ideias e comportamentos que fazem com que os colaboradores ou servidores públicos se sintam pertencentes e valorizados, o que colabora para a retenção de talentos.
Algumas dessas atitudes esperadas desse líder são um conjunto de ações e pensamentos que envolvem um tratamento humano e imparcial, sem levar em consideração nenhum fator, como nacionalidade, etnia, raça ou qualquer outra característica.
Com uma política interna mais inclusiva, elimina-se qualquer sentimento ou percepção externa de segregação ou tratamento diferenciado no ambiente de trabalho.
Uma liderança inclusiva é capaz de adentrar os pilares do ESG, em português, ASG (Ambiental, Social e Governança), já que a diversidade é uma importante característica para o bem-estar social.
Porém, uma líder inclusivo não deve se preocupar apenas com a diversidade, e sim, com a adoção dessa soft skill para entender como valorizar um ambiente corporativo mais diverso.
Características de um líder inclusivo
Com a ajuda de um líder inclusivo, a equipe se forma com pessoas que possuem competências distintas e se complementam para entregas com resultados mais expressivos.
A consultoria Deloitte, publicou um artigo onde descreve seis características que uma liderança inclusiva deve ter ou desenvolver ao longo do tempo, que deve ser mental e comportamental.
Confira!
Comprometimento
Lidar com a inclusão leva tempo e dedicação para entender o assunto. Por isso, o comprometimento é um dos pilares.
Coragem
Os líderes inclusivos devem desafiar o status quo, vestirem a camisa da transformação nas organizações e não apenas reconhecer a necessidade da diversidade.
Compreensão dos vieses inconscientes
Inconscientemente, todos temos vieses que afetam diretamente os processos que participamos. No caso da liderança, não é diferente. Os líderes devem possuir consciência dos seus vieses para reduzir o grau de influência em alguns casos.
Curiosidade
Existe a necessidade de abertura para diferentes pontos de vista, a curiosidade sobre os outros e seus diferentes pontos de vista, além da empatia para buscar entender cada um.
Inteligência cultural
Com a diversidade, também é necessário saber mediar as relações entre as diferentes culturas. Também é preciso entender o impacto que a própria cultura do líder tem em relação à forma em que age e o que espera dos outros.
Colaboração
Os líderes inclusivos são capazes de dar autonomia, empoderar os grupos e elevar o senso de colaboratividade para resolução de demandas complexas.
Entre outras características de uma liderança inclusiva, podemos citar:
- Acessibilidade;
- Lealdade;
- Observação;
Entre outras!
Liderança inclusiva no setor público
No setor público, a liderança inclusiva também representa a modernização e aprimoramento dos serviços entregues à população. Dentro da liderança do setor público, a diversidade também exerce papel fundamental para uma maior representação dos cidadãos.
O ESG deve estar na agenda na agenda pública, tanto quando falamos de projetos em prol da população, quanto em gestão de pessoas.
Também existe a expectativa de iniciativas que viabilizem a mensuração das temáticas relacionadas ao ESG, para a criação de pautas e aprimoramento do primeiro setor com relação ao assunto.